terça-feira, 20 de maio de 2014

Medo...

E o vazio me fez fazer planos, a falta do agora me fez querer o depois, a perspectiva de que o futuro era melhor, fez com que eu me agarrasse a esta ideia, a sensação de que tudo já havia sido feito aqui, me fez querer ir pra longe.
Mas então, tão repentino como um susto, tão inesperado como uma grande surpresa, tão obvio e intenso quanto deveria ser, me veio algo...
Algo que esvaziou todo aquele cheio do agora e preencheu todo vazio do aqui...
E com isso me veio o medo, o medo de ir e não poder voltar, o medo de não ter terminado, o medo de ser agora e não depois, o medo de não viver e viver e perder, me veio esse medo que me doi por dentro, me trava, me para...
Medo? Será medo? Ou é simplesmente todo meu ser me gritando que a vida é agora, me dizendo que planos podem ser moldados e sonhos substituídos, e se esse medo na verdade for aquele conflito que sempre esperei, aquele sinal de que as coisas estão começando e que não existe a necessidade de um ponto final e que sim, aqui, nesta história, podemos usar quantas virgulas quisermos, mas devemos ter cautela em relação as reticencias, por que este texto não é meu, não sou eu que escolho as pausas e é ai que me vem novamente o medo.
Perdi o controle, não é mais só minha, me da medo, medo de que talvez isso acabe antes de eu poder olhar para o medo e dizer que dessa vez ele venceu, mas que eu não me sinto derrotada, pois por mais que isso me de medo, eu tenho pavor de não viver o agora e continuar planejando...
Então se for medo que seja medo, se for agora que seja hoje, se for pra ser que seja meu, se for pra ir, que vá comigo...

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