domingo, 24 de abril de 2011

Escolhas...

Certo dia ouvi uma historia que me fez pensar, pensar na vida, em conceitos, atitudes e consciência...

Em uma sala vazia de estava a dona Maria, com os olhos distantes e um ar de tristeza, me sentei ao seu lado e começamos a conversar, e então ela me perguntou se eu queria ouvir uma historia... E depois de ouvir, certas coisas começaram a fazer sentido, e por isso vou lhes contar...

Você - por dona Maria.

Quando eu tinha uns 20 e poucos anos, sempre me lembrava da minha época de criança, eu era uma menina convencional, adorava brincar de boneca, passava horas construindo historias, tinha uma imaginação mágica e sonhava com o príncipe encantado, aquele como o da Branca de Neve, Cinderela, Bela Adormecida e todas as outras belas princesas...
Eu imagina como seria o meu casamento, filhos, e todas essas coisas de menina sonhadora e convencional...
Mas então eu fui crescendo, e os meus sonhos e objetivos mudando um pouco, casamento e filhos foram jogados para um futuro mais distante, por que sonhos como estudo e carreira tomaram as rédeas...
E o mundo mudou tanto desde que eu era criança, encontrar o príncipe encantado se tornou tão complicado, pois era muito mais fácil se ter um lobo mau por noite, ou mais...
Esta tudo ali, tão mais fácil, tão mais simples, mais reciclável, mais sem pudores, mais divertido...
Por que afinal, por que as pessoas iriam querer um relacionamento onde deveriam se entregar e ser sinceros, jurar fidelidade, se mostrar se abrir, se entregar, se as coisas estavam tão mais fáceis?
Você podia amar qualquer um a qualquer hora, sem que fosse preciso se comprometer, se envolver, as pessoas estavam vivendo desta maneira, as minhas amigas estavam curtindo a vida, estavam agindo como se o mundo acabasse amanha, e tudo precisa-se ser feito hoje...
E eu entrei nessa onda, nessa liberdade nesta libertinagem, nesse mundo sem regras, nesse amor sem romance, logo eu a menina que sonhava com o príncipe encantado...
Mas então eu encontrei um grande problema, eu não sabia ser assim, eu não sabia viver nessa intensidade louca sem pesar na consciência, sem me enlouquecer aos poucos cada atitude, sem me sentir sozinha mesmo entre mil pessoas, eu não soube me acostumar, eu não consegui matar o mito do príncipe e desejar o lobo mau...
E isso me tornou o que eu sou hoje, alguém com muita historia pra contar, uma mulher que viveu intensamente cada instante de loucura dessa vida, que já teve homens maravilhosos, já danço até o sol nascer, conheceu lugares incríveis, pessoas incomparáveis, mas que hoje não sabe o valor de tudo isso, pois ainda não se desprendeu da idéia de amor, do romance, das historias de amor, do casamento, filhos e principalmente do príncipe encantado...
Então dessa minha historia eu queria deixar um conselho, as pessoas que estão vivendo neste mundo louco e fácil...
Existem apenas dois caminhos a se seguir, o caminho desapegado, onde você vai viver conforme as novas leis, onde o amor é relativo e sexo não é mais tabu! Ou no caminho mais difícil, aquele que vão te chamar de careta, chato e muitas outras coisas, onde você vai acreditar em valores, vai viver da maneira mais difícil!
Entre esses caminhos não creio que existe um certo e um errado, mas tenho uma certeza eles jamais andam juntos, ou você é desapegado ou você tem valores, se você quiser um meio termo, não poderá jamais ir ao extremo em nenhum dos dois caminhos, pois uma vez que vive intensamente ou deseja com todo coração o seu príncipe encantado, você não pode viver das duas formas, pois uma pessoa sempre sairá machucada com isso, e essa pessoa sempre será você!

Depois de ouvir toda essa historia, resolvi pensar na vida, e percebi que nem sempre somos bem resolvidos o suficiente para escolher um caminho, sem culpa, sem medo, sem arrependimentos... E a grande maioria das nossas dores são causadas por nós, e nossas escolhas erradas e sem volta...
Ta na hora de rever alguns conceitos e escolher o melhor caminho, antes de se tornar uma pessoa amargurada e arrependida no futuro!
Por que nem tudo que é fácil é simples!

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